sábado, 24 de maio de 2008

La nouvelle vague de Luísa

A graça agora é fazer cinema. Por que ver somente é chato, vai. Quando se vê um Hitchcock fica-se ressabiado, claro, do tipo "Good grief! I'll never get to do something this amazing!". Quando se vê um Sangue Negro, ou pior, Onde os fracos não em vez (só citando Oscar2008), pensa-se "Good grief! That much money spend on such a bad movie! I could do better with 1/1000 of the budget!". E pensando assim, ou mais precisamente falando de algo como E o vento levou (que não é ruim, só estou situando temporariamente), os tios da Nouvelle Vague fizeram "on ne depense pas d'argent. On fait un film avec 1/1000 d'argent que vous et on va avoir du succès, certement!". Truffaut disse algo assim, e é verdade. A nova onda de Luísa é ver filmes da Nouvelle Vague ainda não vistos (I (L) Truffaut) e pensar em fazer os meus. Já fui a uma gravação semana passada pra ver como as coisas funcionam. Agora eu tenho que gravar dois "curtas" que valem nota pra faculdade, mas eles não me interessam muito (um programa sobre a ECO e um clipe dos Los Hermanos-cuja gravação talvez não conte com a minha presença, por isso não me interessando muito). Mas o que eu quero mesmo é fazer o meu programa, com as minhas idéias e ninguém pra me encher o saco de "assim, não... faz de outro jeito lá... " ou "sua idéia é boa, mas não vamos mudar a nossa".
O meu problema é que eu também quero fazer livros. E, vamos combinar, minha idéia superindependente de fazer produtos audiovisuais nunca vai dar certo, eu provavelmente vou ter que trabalhar pra alguém. Nesse caso, prefiro fazer livrinho dos outros ao invés de filminho tosco dos outros (imagina ter que ser roteirista de Caminhos do Coração!).
Por hora, a idéia é tirar 10 em linguagem audiovisual 2. Depois a gente pensa no depois...

sábado, 3 de maio de 2008

Il aura sang! ou Sang noir

Depois de mais de um mês longe de uma sala de cinema (sim, isso dói numa pessoa como eu), eis que eu retornei à casa ontem. Leia-se UFF, o melhor cinema que tem (isso porque mulheres estranhas aparecem no filme - uma foto que se perdeu entre os quadros, uma mensagem subliminar, eu diria-, filmes cuja parte de cima fica em baixo e a parte de baixo fica em cima, imagens desfocadas, som que some - e não pense que o "melhor" é uma ironia, não é. Na UFF passa filmes que só lá!).
Então eu fui ver Sangue negro. Assim, o nome em inglês era "muito mais legal que a tradução" na minha opinião. Mas assim, não é. Ou melhor: é mais legal, mas não tem muito a ver. Se fosse um filme de guerra, perfeito. No entanto é um filme sobre petróleo.
Depois que você vê muitos filmes (estadunidenses, diga-se), as coisas ficam um pouco óbvias. Sim, não me falem de novela. A diferença é que quando nossa geração começou a ver novela (nossa geração vê novela?), nossas mães já sabiam todas as possibilidades. Então é como se fosse um pacto: a gente sabe que o casalzinho vai terminar junto no fim e que o vilão vai se dar mal/se redimir. Agora, em filmes, não há esse pacto. A gente não quer o óbvio, a gente quer uma boa história, bem contada (o que pode significar muita coisa) e bem gravada. Sangue negro é o óbvio, de certa forma, tem uns clichês que podem passar despercebidos por muita gente, mas não por mim. Atenção, contém revelações do enredo. Assim, era bem claro que alguma coisa ia acontecer com a criancinha e ser um dos turning points da história. Não foi bem o que eu esperava, mas que aconteceu aconteceu. E que foi um turning point foi. Outra coisa é a mania no-jen-ta de estadunidense mostrar certas coisas. Se o cara vai morrer com uma estaca de perfuração de petróleo na cabeça, ótimo, mas você NÃO PRECISA mostrar. Mesmo. Principalmente quando a relevância na história é tão pequena. E morrer por um pino de boliche é retardado, tadinho. Ah, e obviedades/estanhices a parte, como assim nada pra Paul Dano?? ¬¬ O tiozinho (conhecido como o Nietzsce-fã daltônico de Miss Sunshine) dá um fucking show como o pastor louco (louco? hmm) da igreja equivalente a universal lá de Little Boston. Daniel Day Lewis estava ótimo também, mas assim, o Oscar não seria o mesmo mesmo, mas nenhuma indicação pra coadjuvante pra Paul Dano é ridículo. ¬¬

Ok, chega por hoje. Quero um filme europeu! \o/