sexta-feira, 24 de outubro de 2008

La dernière romantique

O amor (dos outros) me irrita. Porque as pessoas ficam gritando por aí que acharam suas caras metades, o pedaço que faltava aos quinze (ou mais - ou até menos!, essas crianças precoces) anos de idade? Achar é uma coisa e ter senso crítico pra admitir que as coisas podem não ser bem assim é ótimo. Sair gritando por aí "achei, achei!" é patético. A maior parte desses namoros termina em menos de 2 meses, alguns agüentam 1 ou 2 anos. Eu sei por observação própria.
Eu realmente me sinto nauseada com declarações de amor ridículas demais. E me sinto assim principalmente pelo fato das pessoas não estarem sentindo aquilo. Gente, pode ser só uma dor de barriga. Em vários casos é. Eu já falei sobre isso aqui.
Por esses motivos (e aposto que meus leitores pensavam o contrário), eu sou muito feliz com Bernardo. Imagina se eu namorasse um chato falso romântico? ok, isso nunca (nunca diga nunca) ia acontecer, já que ele ficaria ofendido quando eu risse na cara dele uma vez que me dissesse uma gracinha. Bernardo não é brega.
Não me achem insensível, eu não sou. Eu também grito internamente "achei, achei", mas eu, nesse caso e nesse caso somente, tenho um mecanismo "Sossega, Luísa" automático mode on. Até porque eu me envergonharia do mundo pra quem eu gritei se isso deixasse de ser verdade.



pour les oreilles - Katy Perry Fingerprints

domingo, 5 de outubro de 2008

Je n'arrête pas

Essa semana me descobri uma workaholic em potencial.

Pois me arranjaram (obrigada Cinthia e Monike)um estágio temporário num projeto da Maré. Vocês sabem o quão autruísta eu sou com essas coisas de comunidades. Ainda mais com trezentinhos a mais no meu fundo para Paris. Eis que essa foi a semana mais caótica da minha vida. Além do estágio temporário, essa semana contou com um seminário adiantado por uma professora sem noção (eu teria feito no fim de semana, mas enfim), um trabalho sobre a Eneida, entrevistas equivocadas de trabalho, teatrinho, trabalho de lingüística e exposé no francês. (respira fundo). O estágio pediu a criação de uns 5 logos, cartazes, blusas e garrafinhas de uma vez só. Ainda bem que tem o ViCtor pra me ajudar (e que grande ajuda, não poderia pedir melhor dupla no trabalho!). Na terça, às 21h, hora que cheguei em casa, fui fazer trabalho sobre a Eneida, que no fim das contas não precisava entregar. Luísa puta pois poderia ter adiantado outras mil coisas. O seminário eu descobri terça que seria na quinta, quando na verdade ele deveria ser na outra terça. A sorte é que eu já tinha começado a fazer. Aí na madrugada do trabalho, com ele já pronto, eis que eu começo a perguntar, em sonho, e em voz alta, se minha mãe sabia editar. A melhor parte é que ela perguntou se eu tava sonhanado e eu respondi "claro que não". Eu estava, mas enfim. Depois, uma chuva caiu violentamente e Luísa não dormiu mais pensando em como chegaria na faculdade. Enfim, contabilizando: 2 a 3 horas de sono. Cheguei certinho, sem preder a hora. Na quinta, fui ver "A Gota d'água", de Chico Buarque e Paulo Pontes. Excelente, genial, provavelmente a melhor peça que eu já vi na vida. Mesmo. Conclusão:Luísa em casa às 1h, tendo que estar em Copacabana às 9h. Contabilizando: 5 horas de sono, 7 ou 8 horas dormidas em 2 dias. Chegando em Copacabana, era um equívoco. Mas como eu havia passado de fase, tava tudo ok. Voltando pra casa, andando calmamente pelo calçadão de Copacabana princesinha do mar, coisas que fizeram valer a pena aconteceram. Na rua princesa Isabel, uma louca gritava com homens, um de cada vez, certamente. Era como se ela fosse uma mulher traída por cada um deles. Ela criava um relacionamento e acabava com ele em questão de minutos: ela abordou um moço, começou a conversar calmamente com ele e de repente começa a gritar com ele e o moço com cara de "oi?". Divertidíssimo - porque tava meio longe de mim e talz. E depois uma velhinha, falando bem de Gabeira e mal de todo resto, jogou a carta superlegal "ah, mas eu já vivi muito pra falar de política" quando eu discordei dela sobre quem Lula estava apoiando (eu disse "Molon" e ela "Eduardo Paes - ou Jandira ou Molon, aquele vira casaca"). OK, eu tenho 19 anos, mas, sabe, eu não sou burra e posso ter, sim, opinião. E não é pq vc tem algumas (muitas) velinhas a mais no bolo que sua opinião é mais válida que a minha. Mas enfim, desisto dessa gente. Dormi quando cheguei em casa, pensando que às 13h40min acordaria pra ir à UFF fazer meu trabalho de lingüística. É. Minha mãe me acordou 14h10min perguntando se eu não ia à UFF. A aula começa às 14h. Com 40 min de atraso eu chego e eis que meu grupo (exceto André) não está lá - which doens't make much of a difference, mais alors. Saio de lá uma hora mais tarde do que o previsto. Parto pra casa tirar foto de tecido pra um cartaz do estágio e a preparação do meu Exposé sobre Oscar Wilde. Com o sono hiperatrasado, o rendimento cai e termino tudo à meia noite. Às 8h acordo e vou pro francês. O exposé é um sucesso, ainda bem. Com o total de 15,16 horas dormidas em 3 dias, Luísa passa o resto do dia com dor de cabeça e enjoada. yay.

E eu ainda acho que o cansaço e seus derivados são mera frescura. Workaholic way of life mode on.

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Só pra deixar claro, eu fiquei felicíssima com o resultado parcial das eleições do Rio. O Rio de Gabeira, Gabeira, Gabeira! =D
Não preciso nem dizer nada de Niterói, pq já era esperado. Niteroiense é um povo muito consciente. =DD

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Só pra deixar claro II

Hoje é a comemoração dos dois anos que eu vi (ou não) o filme "El Método" ou "O que você faria". Só pra registrar aqui. Esse é aquele tipo de piadinha interna que só entende quem interessa, etc.

Amo demais.

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Se você vota no Rio de Janeiro, vote Gabeira, 43, por mim. =D