sábado, 3 de maio de 2008

Il aura sang! ou Sang noir

Depois de mais de um mês longe de uma sala de cinema (sim, isso dói numa pessoa como eu), eis que eu retornei à casa ontem. Leia-se UFF, o melhor cinema que tem (isso porque mulheres estranhas aparecem no filme - uma foto que se perdeu entre os quadros, uma mensagem subliminar, eu diria-, filmes cuja parte de cima fica em baixo e a parte de baixo fica em cima, imagens desfocadas, som que some - e não pense que o "melhor" é uma ironia, não é. Na UFF passa filmes que só lá!).
Então eu fui ver Sangue negro. Assim, o nome em inglês era "muito mais legal que a tradução" na minha opinião. Mas assim, não é. Ou melhor: é mais legal, mas não tem muito a ver. Se fosse um filme de guerra, perfeito. No entanto é um filme sobre petróleo.
Depois que você vê muitos filmes (estadunidenses, diga-se), as coisas ficam um pouco óbvias. Sim, não me falem de novela. A diferença é que quando nossa geração começou a ver novela (nossa geração vê novela?), nossas mães já sabiam todas as possibilidades. Então é como se fosse um pacto: a gente sabe que o casalzinho vai terminar junto no fim e que o vilão vai se dar mal/se redimir. Agora, em filmes, não há esse pacto. A gente não quer o óbvio, a gente quer uma boa história, bem contada (o que pode significar muita coisa) e bem gravada. Sangue negro é o óbvio, de certa forma, tem uns clichês que podem passar despercebidos por muita gente, mas não por mim. Atenção, contém revelações do enredo. Assim, era bem claro que alguma coisa ia acontecer com a criancinha e ser um dos turning points da história. Não foi bem o que eu esperava, mas que aconteceu aconteceu. E que foi um turning point foi. Outra coisa é a mania no-jen-ta de estadunidense mostrar certas coisas. Se o cara vai morrer com uma estaca de perfuração de petróleo na cabeça, ótimo, mas você NÃO PRECISA mostrar. Mesmo. Principalmente quando a relevância na história é tão pequena. E morrer por um pino de boliche é retardado, tadinho. Ah, e obviedades/estanhices a parte, como assim nada pra Paul Dano?? ¬¬ O tiozinho (conhecido como o Nietzsce-fã daltônico de Miss Sunshine) dá um fucking show como o pastor louco (louco? hmm) da igreja equivalente a universal lá de Little Boston. Daniel Day Lewis estava ótimo também, mas assim, o Oscar não seria o mesmo mesmo, mas nenhuma indicação pra coadjuvante pra Paul Dano é ridículo. ¬¬

Ok, chega por hoje. Quero um filme europeu! \o/


4 comentários:

Unknown disse...

a gente ve tanto filme foda e vc comenta um bem +- xD
bom...morrer pra pino de boliche eh sacanagem
de qq maneira achei a atuação do day lewis lgl...mas realmente o Nietzschezinho ta foda
o q o eua tem de diretor merda eles tem de ator bom...
e a gente tem q ver mais filme alemao
akele alameda do sol eh mto bom
e eu ainda nao vi nenhum filme alemao ruim
bom...é isso
bjao lindinha

Monike Mar disse...

a gente fala quando tem raiva, bernardo.

eu adorei a mensagem subliminar! a mulher que apareceu do nada em mutum marcou. mas quando vi ''quanto vale ou é por quilo'', o pessoal só faltou subir nas poltronas, pq gritavam e urravam pra imagem voltar. só tinha o áudio.

ah, também, dois reais...

Monike Mar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

quando eu ouvi sobre esse filme, eu tbm achei que tinha a ver com guerra. quando eu fiquei sabendo que era sobre petróleo, eu desisti de vê-lo! ahahahahaahah
hoje, vi Lady Vingança. Esperava muito menos, porque tenho preconceitos em relação a filmes orientais... mas é bom, muito bom!

um beijo :*